Ela continuou seguindo até Babel 5, ainda triste por seu avô, e com alguns pensamentos que lhe atormentavam. Como achar numa cidade tão grande um homem chamado Andrey somente para entregar-lhe uma “chave”? E o que tinha de tão importante nessa chave que seu avô arriscou a própria vida para entregar a ele? E o mais estranho de tudo: por que ele queria que um AUTOMAK a protegesse, sendo que era o papel dela exterminá-los?
O vento soprava um pouco forte, mais do que de costume. No meio do caminho, já próximo à cidade, Nadja encontrou um posto de gasolina abandonado onde havia um garoto de boné verde sentado no chão, encostado num pilar. Nadja notou que ele estava chorando e parecia estar com muito medo quando olhou para ela. Então, ela estacionou a moto e foi falar com ele.
-O que aconteceu, garoto?
-Eu... eu... não...
Ela se agachou e enxugou as lagrimas que escorriam pelo rosto do menino.
-Tudo bem, acalme-se. Eu não vou te machucar, eu prometo. Só me diga por que está aqui? Já sei. Você se perdeu, não foi?
-Ele... ele...
-Ele? Ele quem?
-CUIDADO, TIA!!!
De repente, surge atrás de Nadja um AUTOMAK de cerca de dois metros de altura empunhando uma espada enorme. Possuía uma armadura negra cobrindo o corpo, um capacete com chifres que cobria o rosto inteiro com exceção dos olhos e alguns tubos em suas costas por onde saiam fumaça constantemente. Enquanto ele tentava golpear Nadja, ela desviava do caminho dele dando uma cambalhota para o lado. Imediatamente ela atirou contra o andróide, mas todos os disparos que ela dava não causavam nenhum dano a ele por causa da forte armadura que o protegia.
-Por ter essa arma você só pode ser uma caçadora! –disse o AUTOMAK – Pode atirar a vontade, é inútil!
-Menino, saia daí. Vou ter que mostrar pra esse idiota quem é que manda aqui.
Ao dizer isso, o garoto foi correndo para o deserto. Nadja tentava de todo jeito se esquivar dos constantes ataques que o andróide desferia, até que ele acertou um pilar do posto. Foi ai que ela teve uma idéia. Correndo de um lado para o outro, se escondendo atrás dos pilares, Nadja fez com que o AUTOMAK destruísse um por um. Infelizmente, ela tropeçou em uma pedra e caiu no chão bem no momento em que atraia o andróide para os últimos pilares. Ele se aproximou, apontando a espada para os olhos de Nadja.
-E então, caçadora? Quem você dizia que mandava aqui mesmo?
-Um AUTOMAK burro que nem você não devia perguntar isso estando prestes a ser esmagado.
Ela deu uma rasteira no gigante, fazendo-o cair. Imediatamente, atirou num pilar que estava ruindo e correu para o lado do menino. O teto desabou em cima do AUTOMAK esmagando-o.
Uma fumaça densa e um vento forte tomaram conta do local, fazendo com que a makhunter e o menino cobrissem seus rostos para se protegerem da areia.
Quando a fumaça baixou e eles pararam de tossir, o menino falou para Nadja:
-Nossa, você é incrível, tia! Muito obrigado por me salvar!
-Tia não. Pode me chamar de Nadja.
-Ah, desculpa!
-E você como se chama?
-Yuri!
O garoto estendeu a mão querendo cumprimentar a caçadora. Ela retribuiu o gesto.
-Me diga então, Yuri. De onde você é e como esse AUTOMAK apareceu?
-Eu sou de Babel 5, da Área 03. Eu estava fora dos portões da cidade, procurando por algumas peças no Cemitério das Maquinas quando eu o vi se aproximando, junto de um homem vestido de preto que mais parecia um palhaço todo espalhafatoso. Achei estranho, pois eles pareciam ser amigos.
-Um homem acompanhado de um AUTOMAK? Isso é muito suspeito.Mas o que eles queriam de você?
-De mim nada. Eu me escondi na hora em que eles chegaram. Eu só ouvi o homem falar para o andróide procurar “a Fonte” naquela região.
-A Fonte...
-É, não me pergunte pois eu não sei o que é isso. Só sei que eu bati minha perna em uma máquina quando eu estava lá e isso chamou a atenção deles.
-E por isso que ele veio atrás de você, ele iria te eliminar por que você ouviu demais.
-Sim. Bom, agora preciso voltar para casa, porque meu pai pode estar preocupado comigo –disse Yuri limpando sua roupa cheia de areia.
-Tudo bem, eu te levo até lá. Eu preciso ir para lá mesmo encontrar uma pessoa. Vamos, suba na moto!
-Obrigado, Nadja!
Nadja colocou o capacete e partiu finalmente para Babel 5. O vento forte baixou e tudo parecia estar calmo de novo.
A não ser por uma mão mecânica que apareceu no meio dos destroços do posto...
Um comentário:
Essa história tah realmente empolgante Tio!
Mas agora quero ver como vc vai colocar o personagem principal nesse rolo td!! auhuhauahuhauha
Ou ele passou a ser coadjuvante!? oò
Tio, posso postar a Servo no meu blog!?!? =D
Hug of the Brotha Bear!
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