segunda-feira, 30 de junho de 2008

.#02 – yuri.

Nadja era uma “makhunter” (ou caçadora de AUTOMAKs), uma profissão bem comum numa época como aquela. Ela vivia junto de seu avô em Selo, um vilarejo escondido entre algumas montanhas no deserto. Boris, o avô de Nadja, era um makhunter também, e era muito respeitado em Selo, sendo ele o responsável por ensinar a sua neta tudo a respeito dos AUTOMAKs e de como exterminá-los.

Ela continuou seguindo até Babel 5, ainda triste por seu avô, e com alguns pensamentos que lhe atormentavam. Como achar numa cidade tão grande um homem chamado Andrey somente para entregar-lhe uma “chave”? E o que tinha de tão importante nessa chave que seu avô arriscou a própria vida para entregar a ele? E o mais estranho de tudo: por que ele queria que um AUTOMAK a protegesse, sendo que era o papel dela exterminá-los?

O vento soprava um pouco forte, mais do que de costume. No meio do caminho, já próximo à cidade, Nadja encontrou um posto de gasolina abandonado onde havia um garoto de boné verde sentado no chão, encostado num pilar. Nadja notou que ele estava chorando e parecia estar com muito medo quando olhou para ela. Então, ela estacionou a moto e foi falar com ele.

-O que aconteceu, garoto?
-Eu... eu... não...
Ela se agachou e enxugou as lagrimas que escorriam pelo rosto do menino.
-Tudo bem, acalme-se. Eu não vou te machucar, eu
prometo. Só me diga por que está aqui? Já sei. Você se perdeu, não foi?
-Ele... ele...
-Ele? Ele quem?
-CUIDADO, TIA!!!

De repente, surge atrás de Nadja um AUTOMAK de cerca de dois metros de altura empunhando uma espada enorme. Possuía uma armadura negra cobrindo o corpo, um capacete com chifres que cobria o rosto inteiro com exceção dos olhos e alguns tubos em suas costas por onde saiam fumaça constantemente. Enquanto ele tentava golpear Nadja, ela desviava do caminho dele dando uma cambalhota para o lado. Imediatamente ela atirou contra o andróide, mas todos os disparos que ela dava não causavam nenhum dano a ele por causa da forte armadura que o protegia.


-Por ter essa arma você só pode ser uma caçadora! –disse o AUTOMAK – Pode atirar a vontade, é inútil!
-Menino, saia daí. Vou ter que mostrar pra esse idiota quem é que manda aqui.
Ao dizer isso, o garoto foi correndo para o deserto. Nadja tentava de todo jeito se esquivar dos constantes ataques que o andróide desferia, até que ele acertou um pilar do posto. Foi ai que ela teve uma idéia. Correndo de um lado para o outro, se escondendo atrás dos pilares, Nadja fez com que o AUTOMAK destruísse um por um. Infelizmente, ela tropeçou em uma pedra e caiu no chão bem no momento em que atraia o andróide para os últimos pilares. Ele se aproximou, apontando a espada para os olhos de N
adja.
-E então, caçadora? Quem você dizia que mandava aqui mesmo?
-Um AUTOMAK burro que nem você não devia perguntar isso estando prestes a ser esmagado.
Ela deu uma rasteira no gigante, fazendo-o cair. Imediatamente, atirou num pilar que estava ruindo e correu para o lado do menino. O teto desabou em cima do AUTOMAK esmagando-o.

Uma fumaça densa e um vento forte tomaram conta do local, fazendo com que a makhunter e o menino cobrissem seus rostos para se protegerem da areia.
Quando a fumaça baixou e eles pararam de tossir, o menino falou para Nadja:
-Nossa, você é incrível, tia! Muito obrigado por me salvar!

-Tia não. Pode me chamar de Nadja.
-Ah, desculpa!
-E você como se chama?
-Yuri!
O garoto estendeu a mão querendo cumprimentar a caçadora. Ela retribuiu o gesto.
-Me diga então, Yuri. De onde você é e como esse AUTOMAK apareceu?
-Eu sou de Babel 5, da Área 03. Eu estava fora dos portões da cidade, procurando por algumas peças no Cemitério das Maquinas quando eu o vi se aproximando, junto de um homem vestido de preto que mais parecia um palhaço todo espalhafatoso. Achei estranho, pois eles pareciam ser amigos.
-Um homem acompanhado de um AUTOMAK? Isso é muito suspeito.Mas o que eles queriam de você?
-De mim nada. Eu me escondi na hora em que eles chegaram. Eu só ouvi o homem falar para o andróide procurar “a Fonte” naquela região.
-A Fonte...
-É, não me pergunte pois eu não sei o que é isso. Só sei que eu bati minha perna em uma máquina quando eu estava lá e isso chamou a atenção deles.
-E por isso que ele veio atrás de você, ele iria te eliminar por que você ouviu demais.
-Sim. Bom, agora preciso voltar para casa, porque meu pai pode estar preocupado comigo –disse Yuri limpando sua roupa cheia de areia.
-Tudo bem, eu te levo até lá. Eu preciso ir para lá mesmo encontrar uma pessoa. Vamos, suba na moto!
-Obrigado, Nadja!
Nadja colocou o capacete e partiu finalmente para Babel 5. O vento forte baixou e tudo parecia estar calmo de novo.

A não ser por uma mão mecânica que apareceu no meio dos destroços do posto...

Um comentário:

- Gut - disse...

Essa história tah realmente empolgante Tio!

Mas agora quero ver como vc vai colocar o personagem principal nesse rolo td!! auhuhauahuhauha

Ou ele passou a ser coadjuvante!? oò



Tio, posso postar a Servo no meu blog!?!? =D


Hug of the Brotha Bear!